Friday, October 31, 2014

DOURO... d'ouro!

   
São incontáveis socalcos
Onde a Mão de Deus pousou
E a do Homem emprestou  
A Arte própria dos palcos.
Só Poetas e Escritores
Sabem descrever tais feitos
Evocando com seus preitos
Todos esses seus amores.
Nas íngremes belas encostas
Vivem milhões de flores
Carregadinhas de cores
Como s'ali fossem postas.
Mas é nas cepas fecundas
Que aqueles lugares se fundem
Onde Home'e Terra confundem
As suas paixões profundas.
Extraem com grande afã
Dos maduros cachos, ouro,
Liquefeito num tesouro
Mas de recompensa anã.
Deles sai o Vinho Fino
Cujo marketing é o "PORTO"
Que deixa tudo absorto
Bebendo-o em desatino.
Mas é "...vinho natural,
sujeito a criar depósito..."
Por isso,  é de propósito
Qu'ele é tão especial.


(algumas das quadras que fiz aquando uma viagem em     Abril de 2009, na "Rota dos Escritores")




Wednesday, October 29, 2014

COMO UMA TEIMA





    COMO UMA TEIMA












Vem, e desfila o teu robusto olhar
Sobre este meu hoje turvado espanto
Que sem ser de lágrimas ou de pranto
É o  reflexo de, absorto, olhar o mar.






Se meus olhos húmidos s'enubelam
Com a poalha da água assim lançada
À custa da bela onda esborrachada,
Vem junto a mim, senão os mesmos gelam!






O calor que sair da tua boca

Quando beijares estes, marejados
Secá-los-á, pondo a minha alma louca.






E do fogo incandescente que queima
Surge pujante e querido o AMOR
Que persistirá em mim, como uma teima!
































JUNHO.2005

Friday, October 24, 2014

ESTADO DE DESGRAÇA

Com o título acima, é publicado na Revista Visão desta semana um Ensaio do Filósofo José Gil, em que o mesmo aborda, o que na sua opinião (normalmente sempre bem argumentada e fundamentada) é a desgraça dos senhores que foram içados ao Poder e que nos últimos três anos e meio causaram os malefícios conhecidos à população e à economia.
Passo a citar algumas passagens que a mim me parecem elucidativas do que  José Gil diz:
"Agora, é o princípio do fim. A governação começou a deslizar inexoravelmente para baixo. O Orçamento de Estado (OE) para 2015 marca esse momento. Múltiplos comentadores e analistas - insuspeitos, pois grande parte  deles pertence ao PSD e ao CDS - mostraram como o OE agrava a austeridade, demonstrando ao mesmo tempo a retórica da «mistificação» que tenta dissimulá-lo. Mas não consegue. E a reação da opinião pública reflete esse falhanço da máquina governamental de «propaganda»: os portugueses já não acreditam nas promessas, nos truques mediáticos, no discurso que pretende apresentar o OE como um programa pós-troika que traz benefícios consideráveis para as «famílias», a natalidade, o ambiente, os pensionistas, etc. ... ".
Mais à frente, continua José Gil:
"O segundo fator que levou à entrada em «estado de desgraça» do Governo foi o  próprio desgaste político que sofreu. Desgaste que vem de longe: este Governo começou a sua legislatura já desgastado - pela troika, pela sua incompetência, porque não sabia governar. As falhas regulares nas previsões (desde Vítor Gaspar), a luta constante para «fazer crer» (graças à retórica da propaganda) numa realidade que desmentia aqueles esforços, chegaram enfim a um limiar máximo de suportabilidade.  ... ...O ápice - o limiar - desse processo autodestrutivo foi atingido recentemente com o que aconteceu e acontece na Educação e na Justiça.  ..."
A terminar José Gil escreve:
"O estado de graça concede um tempo de experimentação em que o erro é desculpável. O estado de desgraça é indesculpável porque o erro se tornou a regra: virou do avesso a ordem de subordinação da crença (no) e do discurso, de tal modo que o que quer que diga e faça o poder redunda sempre em mais um erro e mais um falhanço. Assim se tece um destino. Sem a confiança dos portugueses e no grau zero da credibilidade, o atual Governo será varrido  em 2015 da cena política. Por culpa sua. Sem desculpas «históricas» possíveis."
São citações longas, mas que demonstram aquilo que é indispensável que pessoas com este prestígio possam  dizer, porque, regra geral, o dizem bem melhor.

Tuesday, October 21, 2014

Os ditados populares dão lições

As notícias chegam a todo o momento se para tanto estivermos disponíveis. Vem isto a propósito de uma notícia que ouvi há pouco na rádio da boca do Primeiro ministro em que afirmaa que as famílias que não têm filhos não vão ser penalizadas no IRS de 2015, tal como vêm referindo vários economistas e fiscalistas, usando, inclusive, um tom de certo escárnio na sua alocução, para logo a seguir referir que: vai ser criada uma cláusula de salvaguarda para obstar a isso!
 Ora, se não estivesse plasmada na proposta do OE tal considerando, para que era precisa a cláusula de salvaguarda?

Daí o titulo. Apanha_se mais depressa um mentiroso do que um coxo!


Monday, October 20, 2014

Mais uma achega aqui:
João Galamba
 O último deste desgoverno: «(…) Os três últimos anos mostram que os resultados económicos e orçamentais foram muito piores nos períodos em que o governo implementou a sua estratégia do que naqueles em que foi obrigado a recuar e a modificar os planos iniciais. O ano em que os desvios face ao projectado - no défice, na dívida, na economia e no emprego - foram mais significativos foi em 2012, o único ano em que podemos dizer que o governo fez exactamente o que quis. Quando o governo foi forçado a recuar, as coisas começaram a correr menos mal. O que "salvou" os anos de 2013 e 2014, por exemplo, foi o Consumo Público e o Consumo Privado, os dois agregados macro que o governo mais havia penalizado em 2012. Os três últimos anos também mostram outra coisa, que é provavelmente a maior demonstração fracasso da estratégia do governo. A transformação estrutural, a tal que iria garantir o crescimento sustentável da economia portuguesa, pura e simplesmente não aconteceu: o país ajustou externamente à custa da recessão e saiu da recessão à custa do equilíbrio externo. Este resultado só não consta do quadro macro do Orçamento para 2015 porque o governo impôs uma ruptura com a experiência dos últimos meses e decretou que as importações vão crescer a uma taxa suficientemente baixa para que a balança comercial não se degrade. Este é um governo que viu a sua estratégia esbarrar na Constituição e na realidade, mas que, mesmo diminuído, não desiste de mostrar ao que vem. A redução da taxa de IRC, uma das principais apostas deste governo, é socialmente injusta e economicamente ineficaz, sobretudo no contexto actual. Mas é mais do que isso. É, também, reveladora da natureza de uma política. O mesmo governo que se prepara para dar, sem qualquer contrapartida, 200 milhões de euros às empresas (que têm lucros), anuncia que vai cortar 100 milhões de euros em prestações sociais não-contributivas, que afectam os mais pobres dos pobres. E diz que faz isto em nome da valorização do trabalho e da mobilidade social. Há coisas que só mesmo outro governo pode resolver.»

ENORME AUMENTO DE IMPOSTOS


Coloco  aqui, com a devida vénia, o poost st abaixo, que diz tudo o que no anterior meu post pretendi dizer e que aqui é exemplarmente retratado.
 http://corporacoes.blogspot.pt/2014/10/o-enorme-aumento-de-impostos-de-passos.html
Há coisas na vida de que não se pode abdicar  e uma delas tem de ser a coerência.
Coerência é seguir um rumo definido, não recuando quando há vicissitudes. É não faltar à verdade, nem omitindo factos. É assumir as responsabilidades, tenham  elas as repercussões que tiverem na decisão que tem de ser coerente com princípios que anteriormente foram propalados  e , portanto, se a palavra é um contrato que sempre que difundida para os media, se dita por  figuras públicas que têm responsabilidades (ou deveriam ter!)  e que, inevitavelmente, ficam plasmadas na sociedade, deveria ser considerada lei. Mas esta "lei" é feita por  "legisladores" sem qualquer conhecimento do que é o povo e os seus claros anseios. É feita por burocratas neo-liberais que tiveram a escola dos ultra monetaristas, sem qualquer aderência à realidade económica de que o país carece.
Não é preciso referir aonde pretendo chegar, porque na (infeliz) prática que temos vindo a sofrer há mais de três anos e que pela aragem vai continuar, fomos "bombardeados" com um chorrilho de mentiras  - mãe de toda a essência da prática seguida por estes senhores (e senhoras) que se alcandoraram ao poder -  de práticas erróneas na governação - vide Justiça e Educação (as mais recentes  pantominices) -  de abocanharem um quinhão doloroso  às famílias  através de um esbulho fiscal  - sem resultados visíveis na vida das pessoas . etc.,etc.
Só  teremos de lutar para  estes senhores saiam o  mais rapidamente possível de cena, pelo que o Presidente da República tem de marcar Eleições Legislativas antes do prazo previsto, porque há muito de importante a resolver e o OE para 2016 tem se ser elaborado por quem terá de governar (espero que no sentido mais sério da palavra) e não por quem tanto mal deixou e que vai demorar muitos e muitos anos a consertar.

Saturday, October 18, 2014

Desilusão

Acabamos de assistir à eliminação do Porto, às mãos (ou às pernas)do clube dirigido pelo homem que dizia sair morto do Dragão, mas que ganhou bem.
 Souberam aproveitar bem as abebias que o Porto deu e, como quem não mata morre, acaba por sair sempre bem a quem se organiza melhor.
 Espero que sirva de lição. A equipa foi inconsistente e desorganizada. O mérito do Sporting não se pode tirar, mas se o Jackson tivesse convertido o penalti e o árbitro tivesse apontado o outro que houve (daí eu ter escrito no princípio que caimos às maõs....) o resultado poderia ter sido outro, mas o que conta é que "fomos fora da  carroça.

Friday, October 17, 2014

RETRATO DA MINHA TERRA



  RETRATO DA MINHA TERRA - II






















I


VII











Minha terra é Rio Tinto
Adjectivos d'humanos

Concelho de Gondomar
Com substância vincada

Quantas vezes eu a "pinto" Que tem benesses e danos
Com as cores de secular!
Na governação usada.











II


VIII











Não tem Museus nem muralhas O seu largo território

Nem grandes Praças e Ruas Era terra de sustento

Mas travaram-se batalhas
Agora é um dormitório

Devido a possessões suas. Com um Plano sem tento.











III


IX











Diziam os seus antigos
Nem as margens preservaram
Avós meus, todos finados
Do rio que corre sujo

Qu' ela se livrou de p'rigos
Antes tudo encafuaram

À custa d'homens ousados. Como se fosse um sabujo.











IV


X











Por isso, o sangue vertido
É urgente que te levantes

Nas batalhas dessa guerra Da lassidão que t'encontras
Viu curso do rio tingido
E possas ter, como dantes
E deu nome à minha terra.
Tuas margens como montras!










V


XI











Pode até ser uma lenda
Montras onde se revejam

Ou uma verídica história
Verdes relvados viçosos

Mas inscreve-se na senda
E os lírios que os bordejam
Do qu'é bem nossa memória! Sejam, também, bem vistosos!










VI


XII











Mas sempre a História é dinâmica UTOPIA, QUANTO BASTE
Com seus milhares d'episódios NESTE MEU POBRE EXERCÍCIO
Que d'uma forma mecânica PARODOXO E CONTRASTE
Faz gerar paixões e ódios. DESTE MEU ETERNO VÍCIO!












02-03-2010




Ontem re feri no meu post que uma instituição suissa  tinha referido que no ano de 2013 tinha havido  10 000 novos milionáriosnem Portugal e hoje ao ler num blogue o mesmo que citei, o autor refere que n ano de 2014 tinham sido criados 200 000 novos pobres neste nosso tão desgovernado país.
 É caso para lhes dizer: "limpem_se a esse guardanapo..."!
 Para os amigos tudo, para a população só impostos, porque têm que safar as costas aos amigos que os sustentam, como é referido hoje na imprensa que bastou o Salgado ligar ao Moedas para ele o tentar safar. Pergunta_se: foi por isso que aquele foi para Comissário?
 " Isto anda tudo ligado...", como diz o Sérgio Godinho!

Thursday, October 16, 2014

Hoje decidi verificar se ainda tinha este Blogue ativo e como constatasse que "ele ainda mexe", resolvi escrever qualquer coisa.
Vai-me na "alma" a recente entrega (ontem) da Proposta do Orçamento de Estado para  2015, porque aquilo, ao que já ouvi, não passa de um chorrilho de vãs promessas e "enfeites" de todo o tamanho para tentar enganar, como o têm feito desde há três anos a esta parte, um povo já farto de ilusionistas da economia.
Os comentadores que grassam nos canais (especialmente os do cabo) são quase todos "escolhidos a dedo", porque vêm com a velha teoria de que:"não há dinheiro... e é o Orçamento possível", quando todos sabemos que quem tem pago a fatura desta política desastrada e desastrosa, têm sido aqueles que (ainda) trabalham e os que já trabalharam. Atesta-se isto com o facto de terem surgido notícias, ontem  mesmo, que, em Portugal, cresceu em 10 000 o número de milionários só em 2013... em que ficamos? Como se pode acreditar?